quarta-feira, 31 de maio de 2017

Reflexão da Semana

Conversa agradável

Que as suas conversas sejam sempre agradáveis e de bom gosto!  Colossenses 4.6

“Mas que conversa boa eu tive hoje! ”

Quando foi que você disse isso pela última vez? Ou quando foi que disse frase semelhante acerca de uma conversa com alguém? Com algum familiar, alguém da comunidade, algum amigo ou amiga?

A recomendação do apóstolo Paulo aos participantes da igreja em Colossos faz parte de uma série de orientações e conselhos éticos já a partir do capítulo 3.

Precisamos reconhecer que, de modo geral, nossas conversas raramente são agradáveis. Para continuar nessa linha de raciocínio, talvez devêssemos perguntar o que seria uma conversa agradável e o que seria uma conversa desagradável. Um dos critérios é avaliar os resultados da mesma:

a)     resultados positivos (de uma conversa agradável) poderiam ser aumento de conhecimento e informação, a solução de algum problema, um acordo, uma reconciliação, um pedido de perdão, uma decisão conjunta, um planejamento, enfim, uma conversa que traga alegria e satisfação para todos os envolvidos.

b)     resultados negativos (de uma conversa desagradável) poderiam ser: um desentendimento, ofensas, confusão, sentimento de inferioridade, mentiras ou fofocas. Aliás, sobre esse último exemplo vale sempre lembrar aquela preciosa recomendação: “Quem comigo fala dos outros, para os outros fala de mim”.

Na tentativa de seguir a recomendação de Paulo aos colossenses, lembremos alguns ingredientes necessários para uma boa conversa:

c)     ter tempo e saber ouvir a outra pessoa;
d)     respeitar a outra pessoa, mesmo quando diverge da minha opinião;
e)     falar com verdade e sinceridade, em amor.

Nos evangelhos, temos algumas conversas agradáveis de Jesus. Uma que se destaca é a conversa com a mulher samaritana, João 4:

7Uma mulher samaritana veio tirar água, e Jesus lhe disse: — Por favor, me dê um pouco de água. 8(Os discípulos de Jesus tinham ido até a cidade comprar comida.) 
9A mulher respondeu: — O senhor é judeu, e eu sou samaritana. Então como é que o senhor me pede água? (Ela disse isso porque os judeus não se dão com os samaritanos.) 
10Então Jesus disse: — Se você soubesse o que Deus pode dar e quem é que está lhe pedindo água, você pediria, e ele lhe daria a água da vida. 
11Ela respondeu: — O senhor não tem balde para tirar água, e o poço é fundo. Como é que vai conseguir essa água da vida? 12Nosso antepassado Jacó nos deu este poço. Ele, os seus filhos e os seus animais beberam água daqui. Será que o senhor é mais importante do que Jacó? 
13Então Jesus disse: — Quem beber desta água terá sede de novo, 14mas a pessoa que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Porque a água que eu lhe der se tornará nela uma fonte de água que dará vida eterna. 
15Então a mulher pediu: — Por favor, me dê dessa água! Assim eu nunca mais terei sede e não precisarei mais vir aqui buscar água. 
16— Vá chamar o seu marido e volte aqui! — ordenou Jesus. 
17— Eu não tenho marido! — respondeu a mulher. Então Jesus disse: — Você está certa ao dizer que não tem marido, 18pois já teve cinco, e este que você tem agora não é, de fato, seu marido. Sim, você falou a verdade. 
19A mulher respondeu: — Agora eu sei que o senhor é um profeta! 20Os nossos antepassados adoravam a Deus neste monte, mas vocês, judeus, dizem que Jerusalém é o lugar onde devemos adorá-lo. 
21Jesus disse: — Mulher, creia no que eu digo: chegará o tempo em que ninguém vai adorar a Deus nem neste monte nem em Jerusalém.   22Vocês, samaritanos, não sabem o que adoram, mas nós sabemos o que adoramos porque a salvação vem dos judeus. 23Mas virá o tempo, e, de fato, já chegou, em que os verdadeiros adoradores vão adorar o Pai em espírito e em verdade. Pois são esses que o Pai quer que o adorem. 24Deus é Espírito, e por isso os que o adoram devem adorá-lo em espírito e em verdade. 
25A mulher respondeu: — Eu sei que o Messias, chamado Cristo, tem de vir. E, quando ele vier, vai explicar tudo para nós. 
26Então Jesus afirmou: — Pois eu, que estou falando com você, sou o Messias.

Algumas lições desta conversa:
a)     Em primeiro lugar, Jesus a considera e respeita, mesmo que seja mulher (um judeu jamais falava com mulher estranha em público),
b)     samaritana (era de outro povo)
c)     de reputação duvidosa (pela quantidade de maridos).
d)     Outro bom ingrediente dessa conversa é que Jesus é sincero com a mulher, revelando o que ela tentava esconder: “Você está certa ao dizer que não tem marido, pois já teve cinco, e este que você tem agora não é, de fato, seu marido”.

Essa sinceridade de Jesus poderia ser motivo de vergonha para a samaritana, contudo foi justamente o que fez ela começar a crer em Jesus. Depois disso, diz o texto, ela deu testemunho de Jesus em sua cidade, e muitos vieram a crer nele.

Assim, podemos concluir que o melhor resultado de uma conversa agradável é quando pessoas são despertadas em sua fé e chegam a crer em Jesus.

As palavras têm poder!

Você com certeza já ouviu esta expressão em algum momento da sua vida, não é mesmo?

Este ditado popular já encontra embasamento científico: ao escanear o cérebro de pessoas enquanto elas usam palavras positivas para se expressar, pesquisadores descobriram que são liberados hormônios responsáveis pelo bem-estar e a felicidade na corrente sanguínea. Já quando uma pessoa se expressa através de palavras negativas, os hormônios liberados pelo cérebro são aqueles responsáveis por sensações ruins, como o estresse e a ansiedade.

Além disso a forma como nos comunicamos revela traços da nossa personalidade e da nossa visão de mundo. Seja por meio de um bom dia, um muito obrigado ou uma declaração de amor, as palavras que nos trazem sensações e emoções positivas têm o poder de mudar o humor e nos transformar por inteiro.

Esta disposição à positividade aumenta a resiliência emocional do indivíduo, ou seja, a sua capacidade de retornar a um estado mental de relaxamento e foco mesmo diante de adversidades.

Incorporar as palavras positivas ao nosso dia a dia, em nossa comunidade, em nosso grupo, em família demonstra a nossa inteligência emocional para lidar com as situações que se colocam à nossa frente.

Quando nos manifestamos de forma negativa, com palavras pesadas e de baixo calão, mostramos descontrole emocional e falta de respeito pelas outras pessoas. Isso leva ao desgaste nas relações interpessoais e culmina em prejuízos para a vida pessoal.

Há um ditado Português que diz: “as palavras ferem mais do que uma espada”. Esta afirmação demonstra o quanto as expressões de negatividade podem marcar e prejudicar as relações pessoais.
Experiências negativas vivenciadas na infância e adolescência, quando não ressignificadas, nos acompanham ao longo de toda a vida e tendem a prejudicar continuamente o nosso crescimento pessoal e profissional.

Quando somos ofendidos por palavras negativas, passamos a acreditar nisso e podemos ter sérios prejuízos na nossa autoconfiança e autoestima, de forma a mudar como tratamos as outras pessoas. É preciso ficar atento para evitar que isso não aconteça.

Conclusão: E as nossas conversas aproximam da fé ou afastam? Nossas conversas trazem comunhão ou estimulam a não participação? Unem ou separam? Animam ou desanimam? Alegram ou entristecem?


Colossenses 4:5Sejam sábios na sua maneira de agir com os que não creem e aproveitem bem o tempo que passarem com eles. 6Que as suas conversas sejam sempre agradáveis e de bom gosto, e que vocês saibam também como responder a cada pessoa!

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